Greenpeace e a trend do Studio Ghibli

Greenpeace e a trend do Studio Ghibli: quando a estética serve à urgência climática

10/04/2025 por Hub de Criativos

Quando a fantasia encontra a realidade (e ela não é nada bonita)

A gente vive numa era em que a estética é quase uma religião. É filtro pra cá, feed organizado pra lá, e todo mundo querendo transformar o caos do dia a dia em uma pintura de aquarela. Mas de vez em quando, alguma campanha surge pra lembrar que nem tudo pode — ou deve — ser suavizado com um toque de brilho e um céu cor-de-rosa.

E é aí que entra o Greenpeace, esse velho conhecido das manifestações radicais e dos botes infláveis, agora surfando (com estilo!) na onda da estética Ghibli. Sim, estamos falando da mesma vibe dos filmes com florestas mágicas, espíritos fofinhos e trilhas sonoras que parecem abraço de vó.

A diferença? Aqui, o que parece um conto encantado é, na verdade, um alerta climático que dá um soco na barriga — daqueles que a gente até agradece depois. Greenpeace e a trend do Studio Ghibli vem como um tapa na cara mas com a delicadeza poética de um anime: imagens lindas que escondem verdades duras, embaladas por urgência. As peças, postadas originalmente no Instagram do Greenpeace, podem ser vistas abaixo.

Imagens: Reprodução – Greenpeace e a trend do Studio Ghibli

Greenpeace e a trend do Studio Ghibli

Criada pela Ogilvy Grécia, a campanha gira em torno de uma frase tão simples quanto certeira: “No filter can beautify the ugly truth of the climate crisis” (Nenhum filtro consegue embelezar a dura verdade da crise climática). Ou seja, por mais que a gente tente maquiar, a realidade tá lá, escancarada — e fedendo a plástico queimado.

A estética inspirada no Studio Ghibli é uma armadilha emocional. A gente vê as imagens, suspira: “Que fofo!”. Mas segundos depois, vem o clique: aquilo não é uma fantasia bucólica… é uma enchente. Ou um incêndio. Ou uma praia inteira tomada por lixo plástico. E aí, meu amigo, não tem como desver.

A trend Ghibli virou ferramenta de denúncia (e com gosto!)

Esse estilo Ghibli que dominou o TikTok e o Instagram transformou cenas triviais em poesia visual. Já viu aquele vídeo de um ônibus lotado, com chuva batendo no vidro e uma legenda melancólica tipo “a vida também é feita de esperas”? Então. Agora imagina usar isso pra mostrar um incêndio florestal. Pesado, né?

Greenpeace e a trend do Studio Ghibli

Imagem: Reprodução – Greenpeace e a trend do Studio Ghibli

Pois o Greenpeace fez justamente isso: pegou situações reais, algumas até documentadas pela mídia nos últimos anos, e traduziu tudo na linguagem dos sonhos. Mas ao invés de Totoro, temos bombeiros exaustos. Em vez de campos floridos, praias infestadas de plástico. O contraste é tão forte que chega a ser poético — tipo um filme do Miyazaki reescrito por um jornalista ambiental em crise existencial.

As imagens que gritam (mesmo sussurrando)

Cada ilustração da campanha Greenpeace e a trend do Studio Ghibli é um “tapa com luva de pelúcia”:

  • 🐱 Um homem atravessa uma enchente com seu gato no colo. É fofo? Talvez. Mas também é desesperador.
  • 🔥 Bombeiros enfrentam chamas gigantescas — cenário que, se fosse animação, ganharia o Oscar. Mas na vida real, é tragédia.
  • 🏝️ Uma praia paradisíaca afogada em lixo plástico. E dá-lhe garrafas PET como conchas tristes.
  • 🎬 O letreiro de Hollywood em chamas. Parece cena de distopia futurista? Pois é só terça-feira no noticiário.

A beleza, aqui, não suaviza o horror. Ela o amplifica.

Imagens: Reprodução – Greenpeace e a trend do Studio Ghibli

Uma jogada de mestre: o ativismo camuflado na tendência

A Ogilvy Grécia acertou na veia com a campanha da Greenpeace e a trend do Studio Ghibli. Eles não criaram uma nova linguagem — eles sequestraram uma que já estava viral. Pegaram carona em algo que o público já adorava (e replicava compulsivamente) e inverteram o jogo. É como usar o algoritmo contra ele mesmo. Um verdadeiro “ataque de oportunidade” digno de RPG.

Além disso, falar com Millennials e Gen Z usando anime? Bingo. Esses grupos cresceram assistindo a “A Viagem de Chihiro” e chorando com “O Túmulo dos Vagalumes”. Eles entendem — e se importam. Transformar essa estética em ferramenta de denúncia ambiental é como escrever um bilhete urgente com letras de glitter. Parece fofo, mas é sério.

Uma cutucada sutil no escapismo das redes

E, como cereja do bolo (orgânico), ainda tem a crítica ao escapismo digital. Porque sejamos honestos: as redes sociais são uma Disneylândia emocional. Tudo é editado, tudo é bonitinho, tudo é “good vibes only”. Mas o Greenpeace veio com o dedo na ferida e disse: “Amigo, pode trocar o filtro que for, o planeta tá derretendo”.

Essa é, talvez, a parte mais incômoda (e brilhante) da campanha: ela mostra que o problema não está só nas imagens, mas no próprio impulso de querer embelezar tudo. A realidade, às vezes, precisa ser mostrada crua. Sem música lo-fi, sem pôr do sol exagerado. Só ela, do jeito que é. Feia. Dolorosa. E urgente.

Conclusão (mas sem moral da história água com açúcar)

A campanha do Greenpeace e a trend do Studio Ghibli é aquele tipo raro de ação publicitária que faz a gente pensar — e talvez até agir. Ao usar a estética do Studio Ghibli, eles transformaram uma tendência passageira numa mensagem permanente. Em vez de apenas viralizar, eles tocaram. E isso, no mar de conteúdos descartáveis que é a internet, já é um feito heroico.

No fim das contas, o recado é claro: a crise climática não é uma animação japonesa. É real, é grave, e tá batendo na nossa porta com gosto. E não adianta tentar esconder com filtro. Porque o planeta não tem modo retrô. Tem prazo. E o Greenpeace e a trend do Studio Ghibli mostram isso.

Por que essa campanha publicitária é importante?

  • 🐾 Greenpeace e a trend do Studio Ghibli gera empatia antes de revelar a tragédia.
  • 🧊 A beleza suave contrasta com a dureza da realidade.
  • 📢 A mensagem é clara e impossível de ignorar.
  • 🎨 O visual poético transforma desastres em alerta.
  • 🚀 A campanha surfa na trend para alcançar mais gente.
  • 👾 O estilo fala direto com Millennials e Gen Z.
  • 🧠 O conteúdo emociona e faz pensar sem parecer didático.
  • 📱 A crítica ao escapismo digital cutuca sem agressividade.
  • 🔁 O algoritmo foi usado a favor da urgência climática.
  • 🥇 A ação se destaca num mar de campanhas descartáveis.

Imagens: Reprodução – Greenpeace e a trend do Studio Ghibli

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