07/03/2025 por Hub de Criativos
Por que o trabalho não deveria ser só sobre produtividade – mas também sobre humanidade
A nova campanha da Cancer@Work nos faz refletir sobre o significado do trabalho. Para muita gente, é só um espaço onde trocamos tempo por dinheiro, cumprimos prazos e tentamos equilibrar reuniões, e-mails e aquela pausa estratégica para um café. Mas e quando, de repente, a vida vira de cabeça para baixo? Quando um diagnóstico de câncer chega e muda tudo?
Nesses momentos, o ambiente de trabalho pode ser tanto um refúgio quanto um peso – e a diferença está no apoio que existe (ou não) dentro dessas paredes corporativas. Essa é a mensagem que a associação Cancer@Work vem reforçando há mais de uma década.
E agora, com o filme “Strings”, criado pela Publicis Conseil, o recado ganha uma nova camada de sensibilidade e impacto. Porque enfrentar o câncer já é difícil o suficiente – ninguém deveria precisar enfrentá-lo sozinho. Você pode conferir abaixo esse filme de sensibilidade incrível, divulgado no próprio canal da Publicis.
Um lugar de trabalho ou um lugar de acolhimento?
O que faz uma empresa ser um bom lugar para se trabalhar? Salários justos? Benefícios atrativos? Um pacote de incentivos recheado de palavras como “qualidade de vida” e “bem-estar”?
Tudo isso importa. Mas, segundo a campanha da Cancer@Work, para os 65% dos funcionários que esperam que suas empresas se envolvam mais no tratamento do câncer, o que realmente faz a diferença é outra coisa: suporte real, humano, que vá além do discurso bonito e se traduza em ações concretas.
Afinal, quando a doença chega, o trabalho não pode ser só um lugar de metas e resultados. Ele precisa ser um espaço onde as pessoas se sintam vistas, respeitadas e, acima de tudo, acolhidas. Porque, para muitos, os colegas são mais do que apenas colegas – são a rede de apoio que sustenta os dias mais difíceis.


Imagens: Reprodução – Cancer@Work
A metáfora visual que emociona
O filme “Strings” da Cancer@Work poderia ter escolhido uma abordagem direta, mostrando reuniões corporativas, conversas francas entre chefes e funcionários, depoimentos reais. Mas a escolha foi muito mais poética – e, por isso mesmo, ainda mais forte.
Sob a direção de Niclas Larsson, a narrativa usa um fantoche como símbolo da fragilidade e da dependência de apoio externo. Preso por cordas, ele se mantém de pé graças às mãos que o sustentam, que o seguram quando ameaça cair.

Imagem: Reprodução – Cancer@Work
E não é assim que nos sentimos em momentos de vulnerabilidade? Quando tudo desmorona, o que nos impede de cair são as mãos que nos seguram – os amigos, os colegas, as pequenas gentilezas diárias que nos lembram que não estamos sozinhos.
A estética da campanha da Cancer@Work reflete essa intensidade. Os tons frios e dessaturados de azul e cinza criam uma atmosfera introspectiva e melancólica, que contrasta com momentos de calor humano – um toque, um olhar, um gesto de empatia.
Luz e sombra como ferramenta de mensagem
A fotografia usa luz e sombra para intensificar a sensação de isolamento da protagonista, ressaltando que, sem apoio, tudo parece mais pesado. Mas quando esse apoio existe, algo muda. O impacto não está apenas na narrativa, mas na forma como ela faz o espectador sentir na pele a diferença entre enfrentar algo sozinho e ter alguém ao lado.

Imagem: Reprodução – Cancer@Work
O papel das empresas: além do discurso bonito
Aqui vem a parte crucial da campanha da Cancer@Work: trazer para o centro do debate a responsabilidade das empresas nesse processo. Muito se fala sobre diversidade e inclusão no mundo corporativo – mas incluir também significa acolher quem enfrenta desafios de saúde.
E não se trata apenas de “fazer a coisa certa”. Criar um ambiente onde as pessoas se sintam seguras para compartilhar suas dificuldades, onde o trabalho não seja um peso a mais durante o tratamento, gera benefícios para todos.
Tipos de suporte
E o suporte pode vir de formas simples, mas profundamente significativas:
- Flexibilidade de horários para tratamentos e consultas
- Adaptação de tarefas conforme as necessidades do funcionário
- Iniciativas internas de conscientização sobre a doença
- Diálogos abertos que tornem o câncer menos um tabu e mais um assunto humano
Porque a realidade é que ninguém escolhe enfrentar uma doença como essa. Mas a empresa pode escolher se será parte do problema ou parte do apoio.
Ninguém deveria enfrentar o câncer sozinho
O filme “Strings” deixa um recado que vai além da tela: o suporte no ambiente de trabalho não é um “extra”, um “mimo”, uma “gentileza” – ele pode ser um fator determinante para a recuperação e o bem-estar de alguém. E isso não vale só para quem enfrenta o câncer. Vale para qualquer situação em que um funcionário precisa de apoio – seja uma perda familiar, uma crise de saúde mental ou qualquer outro desafio inesperado. E é isso que a Cancer@Work quer nos mostrar.
Porque, no fim das contas, o que define um bom lugar para trabalhar não são apenas os resultados que ele gera, mas as vidas que ele impacta. E se cada um de nós puder ser a “mão que segura as cordas” para alguém, talvez possamos transformar não só o ambiente de trabalho – mas o mundo ao nosso redor.
Publicado no canal da Publicis Conseil.




Imagens: Reprodução – Cancer@Work
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