Coca-Cola Classic: quando a literatura tem gosto de memória

Coca-Cola Classic: quando a literatura tem gosto de memória

11/04/2025 por Hub de Criativos

A campanha mergulha de cabeça nos clássicos da literatura para brindar a Coca-Cola Classic como um símbolo cultural

Tem coisas que não se explicam — só se sentem. Tipo aquele cheirinho de livro velho que lembra tardes de verão com gosto de infância, ou o som da tampinha da Coca estalando, bem no meio do silêncio de uma leitura imersiva.

Criada pela VML, a campanha Coca-Cola Classic não tenta ser lógica demais. Pelo contrário: ela embarca nesse trem da memória e transforma momentos literários em pura poesia publicitária com gás.

E olha que não é força de expressão. A marca reaparece — quase como um easter egg afetivo — em trechos de obras como O Iluminado, de Stephen King, e Uma Casa para o Sr. Biswas, de V. S. Naipaul. Mas não como intrusa. Ela chega como quem sempre esteve lá, como se o personagem pedisse uma Coca sem que o autor sequer tivesse escrito. É sutileza com gosto de reencontro.

Quando o branding é personagem coadjuvante

Nada aqui grita “compra, compra, compra”. A força da Coca-Cola Classic está justamente no oposto: ela sussurra. Aparece ali, meio tímida, mas com presença de palco. Como aquele ator secundário que rouba a cena sem dizer uma palavra. Em vez de entupir a narrativa com product placement exagerado, a campanha faz a marca escorregar para dentro da história com a naturalidade de quem já morava naquele universo.

E não para por aí: tem filme com som de garrafa estalando (que deveria ser considerado trilha sonora oficial da nostalgia), edições relançadas de clássicos e um toque sensorial que escapa das páginas. Quase dá pra sentir a efervescência invadindo a trama.

Coca-Cola Classic
Coca-Cola Classic

Imagens: Reprodução – Coca-Cola Classic

A Coca-Cola Classic é a cultura pop

Vamos direto ao ponto: essa campanha só funciona porque a Coca-Cola é o que se chama, com todas as letras, de símbolo cultural. E não é só porque ela aparece em tudo quanto é filme ou livro. É porque ela carrega histórias — e, em alguns casos, substitui a vírgula da memória.

Ela não tenta ser descolada. Ela não precisa disso. Enquanto outras marcas se desesperam pra parecerem jovens no TikTok, a Coca segue tranquila, segurando a garrafinha de vidro com a segurança de quem já atravessou guerras, mudanças de século e dietas sem açúcar.

Aliás, vale o parêntese: essa campanha é praticamente uma carta de amor ao tempo. Enquanto muita marca corre pra parecer jovem, a Coca-Cola Classic se ancora no passado — e acerta o presente em cheio. Ela não força barra nenhuma. Ela apenas… está.

Coca-Cola Classic

Imagem: Reprodução – Coca-Cola Classic

A arte de aparecer sem parecer forçado

Talvez um dos maiores charmes dessa campanha seja exatamente esse: a delicadeza. Em tempos de publicidade que grita, a Coca-Cola Classic fala baixinho. Surge no canto da página, na mão do personagem, no intervalo de uma frase… e pronto. Ganha o leitor sem levantar a voz.

É aquela presença sutil, tipo amigo que não precisa se anunciar pra ser notado. E aí, o efeito é ainda mais potente. Porque mexe com o que há de mais íntimo: a memória afetiva. Aquela lembrança guardada no fundo do armário da infância, junto com o primeiro caderno de caligrafia e a figurinha do álbum que nunca foi completado.

Coca-Cola Classic

Imagem: Reprodução – Coca-Cola Classic

Um roteiro escrito com emoção (e uma pitada de gás)

O grande lance da campanha não é simplesmente colocar a Coca-Cola nos livros. É fazer isso de um jeito que emociona. E emocionar, hoje em dia, é quase um superpoder. Quando o som da garrafa se mistura com o virar de página, e a imagem do logo aparece entre uma cena de tensão e outra de carinho, não tem como não sentir algo.

Porque, sejamos honestos, abrir uma Coca num dia quente ainda é um dos pequenos grandes prazeres da vida. E se a campanha consegue evocar essa sensação só com um parágrafo bem colocado, ela merece palmas de pé — e um gole também.

Um brinde ao storytelling com alma

Mesmo cercada de QR codes, IA, real time data e todo o aparato da publicidade moderna, a campanha Coca-Cola Classic nos lembra de um truque antigo que nunca falha: contar uma boa história. Daquelas que tocam, que fazem rir de canto de boca ou soltar um “nossa, eu lembro disso” sem querer.

Mais do que marketing, ela é quase um ensaio sobre o afeto. Sobre como marcas podem deixar de ser produto pra virar personagem da nossa própria história. E, cá entre nós, poucas fazem isso tão bem quanto a Coca.

Por que essa campanha publicitária é sensacional?

  • 🧠 Apela à memória afetiva com lembranças ligadas à leitura e a Coca-Cola.
  • 📚 Insere a marca em clássicos literários de forma sutil e poética.
  • 🎭 Transforma o branding em coadjuvante que brilha sem esforço.
  • 🎬 Explora sentidos com som de garrafa e livros relançados.
  • 📌 Reforça a Coca como símbolo cultural atemporal.
  • 🎯 Aposta em delicadeza em vez de apelos de venda diretos.
  • 🧃 Torna o ato de abrir uma garrafa uma experiência sensorial.
  • ❤️ Cria conexão genuína ao mexer com memórias afetivas.
  • 📖 Usa storytelling com alma para tocar o público com nostalgia.

Imagens: Reprodução – Coca-Cola Classic

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